Se consultada, ferramenta pode ser decisiva nas eleições municipais de 2024
Com dados atualizados e interfase mais intuitiva, o Conselho Federal de Administração (CFA) disponibiliza, a partir de hoje (14/05), a versão 2024 do ‘Índice CFA de Governança Municipal (IGM/CFA)’. A ferramenta analisa a situação administrativa de mais de 5 mil municípios brasileiros e serve como bússola para gestores analisarem o desempenho de suas cidades em diferentes aspectos.
Em qualquer tempo, mas sobretudo em ano de eleição, a ferramenta pode ser utilizada por administradores, gestores e agentes públicos, além de eleitores cuidadosos, para avaliarem como está a situação do município onde vivem. Segundo o diretor da Câmara de Gestão Pública do CFA, adm. Rui Ribeiro de Araújo, a ferramenta representa um avanço, tendo em vista a nova base de dados – mais robusta e com interface mais amigável -, bem como pode ser um divisor de águas em ano de eleições municipais.
“Estamos em ano de eleição justamente nos municípios. Essa ferramenta pode oferecer dados mais robustos aos candidatos e, com isso, gerar debates mais técnicos e úteis à sociedade, saindo de uma discussão meramente ideológica e partindo para debates embasados em fatos mensuráveis e confiáveis”, disse.
Funcionamento
Ao entrar com o nome de um município, o gestor vai se deparar com a nota do IGM/CFA, no topo da página, e com três grandes grupos ou dimensões, no rodapé da página, chamados ‘finanças’, ‘gestão’ e ‘desempenho’. Ao clicar em qualquer um deles, é possível ver indicadores ainda mais específicos.
Ao clicar, por exemplo, no indicador ‘finanças’, na sequência aparecerão os indicadores ‘fiscal’, ‘investimento per capita’, ‘equilíbrio previdenciário’ e ‘custo legislativo’. Indo mais ao fundo na pesquisa, ao clicar em ‘fiscal’ aparecerá subgrupos temáticos, chamados de variáveis, tais como ‘autonomia’, ‘gasto com pessoal’, ‘capacidade de investir’ e ‘liquidez’.
“Finanças, por exemplo, é a capacidade de medir a saúde financeira do município. Esse indicador tentar mensurar como o município capta suas informações. A gente trabalha com vários indicadores, tais como fiscal; investimento per capta (em pastas como saúde e educação); equilíbrio previdenciário – que vai tratar da manutenção da previdência nos municípios – e o custo legislativo que é algo que impacta também na sociedade, ou seja, quanto cada munícipe desembolsa para bancar o custo legislativo”, explica o coordenador da Câmara de Gestão Pública do CFA Marcelo Gomes.
Metodologia das notas
As notas de ‘variáveis’, ‘indicadores’ e ‘desempenho’ (três camadas de dados presentes no IGM/CFA) vão de 0 a 10. Porém, são sempre comparados municípios com situações semelhantes, seja em tamanho, número de habitantes ou renda.
Já o parâmetro utilizado para mensurar, ou dar nota a cada um deles, utiliza a seguinte metodologia: separam-se as notas de 10% dos municípios primeiros colocados. Depois, destaca-se a nota do último (entre os mais bem ranqueados), que será gravada e servirá como padrão (média entre a maior e a menor nota entre os mais bem colocados).
“Quanto mais distante um município está do último (dos mais bem ranqueados), menor será sua nota. É assim que é formulado o parâmetro, comparando o que é possível, pois um município de igual cenário fez, com aquele que eventualmente não fez a lição de casa”, diz Gomes.
Novidades
Entre as principais novidades da versão 2024 do IGM/CFA está a fonte dos dados. O CFA incorporou ao IGM os dados da ‘Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon)’, o que aumenta a confiabilidade dos dados, pois são dados oficiais — uma vez que todo município tem o dever de prestar contas a esses tribunais.
Outra novidade é a diminuição da temporalidade dos dados, que passa de cinco anos para três anos. Agora, o dado mais antigo é de 2021, e o dado mais recente é de 2024.
No acesso exclusivo, disponível apenas a registrados no Sistema CFA/CRAs, é possível ver os dados dos municípios desde a criação do IGM/CFA, em 2016. Já na opção que é aberta ao público, é possível ver dados apenas dos últimos três anos.
Outra novidade é a correção da base de dados, conforme último senso do IBGE. Há municípios que mudaram de categoria ao diminuir o número de habitantes, e outros que ganharam mais moradores, isso faz com que a cidade mude de grupo dentro do IGM/CFA.
Clique, aqui, e acesse o IGM/CFA.
Por Leon Santos – Assessoria de Comunicação do CFA